Concluir a leitura de um livro de Ailton Krenak nunca é apenas virar mais uma página . E abrir espaço para novas formas de enxergar o modo como vivemos. Desta vez, o livro é "Ideias para adiar o fim do mundo "e não podia deixar de compartilhar as reflexões que ela despertou.
Krenak desconstrói a ideia de que o fim do mundo é um evento distante, já que com a devastação ambiental e a perda dos territórios dos povos indigenistas,esse processo já está em andamento. Nesse contexto, o autor nos convida a repensar a relação da humanidade com a Terra, com o tempo e com a própria humanidade.
Natureza com expansão do corpo
Uma das críticas mais fortes do livro é a separação entre "humanidade" e "natureza. Para ele, essa separação é a base da crise ecológica que vivemos. Ele propõe que voltemos a enxergar rios, florestas , montanhas como "parentes", não como recursos , já que somos todos parte deste meio.
"Se a gente continuar acreditar que somos separados da Terra, vamos continuar cavando abismo".
Tempo lento e sentido da vida
O autor convida a desacelerar , valorizar o tempo da escuta, da comunidade e do sonho. A vida não precisa ser uma linha reta, mas pode ser um ciclo.
Vamos pensar.
"Ideias para adiar o fim do mundo" não é um manual de soluções , é um chamado para imaginar um mundo com mais pertencimento. Krenak não nos pede para salvar o planeta , mas para nos reconectar com ele. Talvez assim, com pequenos gestos de cuidado e presença, possamos realmente adiar o fim do mundo.
Aqui no blog já temos um post com a reflexão de um outro livro de Ailton Krenak- "Futuro Ancestral". Se você ainda não leu, vale dar uma conferida.
Sigamos nosso caminho sustentável com as reflexões desses livros que tanto nos inspiram .
Ana Castilhos
Autora do blog Caminho Sustentável.
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Muito sábio!
ResponderExcluirTexto inspirador
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